ANÁLISE DA FARMÁCIA CASEIRA DE PACIENTES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA SERRA CATARINENSE

Resumo

Este estudo teve como objetivo caracterizar os hábitos referentes ao estoque medicamentoso de pacientes atendidos na Atenção Primária à Saúde, investigando a prevalência do armazenamento, quantidade de fármacos, locais de estocagem, formas de descarte e nível de conhecimento de seus usuários. A pesquisa teve metodologia transversal e observacional, através da aplicação de um questionário durante visitas domiciliares a 108 famílias residentes em um município da Serra Catarinense e cadastradas na Unidade Básica de Saúde. Os questionamentos foram realizados no período de setembro de 2021 a abril de 2022. Os resultados sociodemográficos revelaram que a população era composta predominantemente de mulheres (65,7%) com idade média de 55 ±16 anos. Das diferentes atividades, a predominante entre os investigados era do lar (21%). Quanto ao grau de escolaridade, a maioria dos entrevistados tinha o 1° grau incompleto (34,2%). Quando questionados sobre a farmácia caseira, 97,23% responderam que armazenavam medicamentos em casa, em um total de 474 fármacos. O principal local de estocagem foi a cozinha (55%), seguida do quarto (40,83%). Entre as formas de descarte, o lixo comum foi a principal maneira de eliminação medicamentosa (35,8%), e quando questionados, 89,8% dos entrevistados relataram nunca ter recebido informações de como realizar o descarte adequado. Assim, este estudo revela a necessidade de ações educacionais para elucidar a população acerca dos riscos do consumo irracional bem como do descarte inadequado de medicamentos.