PADRÃO DO ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO NO NORDESTE BRASILEIRO: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA ÚLTIMA DÉCADA
Resumo
O abdome agudo inflamatório representa uma emergência médica que desafia a prontidão e a habilidade dos profissionais de saúde, exigindo intervenção imediata para evitar complicações severas. Na região Nordeste do Brasil, caracterizada por sua diversidade sociodemográfica, econômica e cultural, a incidência e as características clínicas do abdome agudo inflamatório podem apresentar particularidades únicas. O objetivo do estudo foi analisar os padrões epidemiológicos do abdome agudo inflamatório no Nordeste brasileiro ao longo da última década. Para isso, foram avaliadas as internações por abdômen agudo no nordeste brasileiro entre os anos de 2012 e 2022 utilizando o Sistema de Informação e Notificação de Agravos – SINAN associado ao DATASUS como fonte de dados secundários. Resultados: Durante o período de estudo, foram internados 1.388.809 pacientes com diagnóstico de abdome agudo inflamatório, sendo a maioria dos casos de colecistite (977.280, 70%) e a menor parte de diverticulite (9.901, 1%). Observou-se um aumento progressivo de casos, com o maior número de internações em 2022 (150.144, 10,81%). Em 2020, devido à pandemia de COVID-19, houve uma redução de internações (114.609, 10,66%). A maioria dos casos foi registrada como urgência (914.395, 66%), com predominância entre mulheres (855.836, 62%) e na faixa etária de 20 a 49 anos (736.886, 53%). Conclui-se, portanto, foi possível estabelecer o perfil epidemiológico dos casos de abdômen agudo inflamatório no nordeste brasileiro, sendo um dos estudos pioneiros a fazer esta análise. O perfil em destaque foi de uma mulher parda com 20 a 49 anos com necessidade de atendimento de urgência por diverticulite.
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PDFReferências
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