TEA, TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E AUTISMO: QUAL O CONHECIMENTO QUE OS ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA TÊM ACERCA DOS TERMOS?

Ariane Berri Riegel, Luíza Nunes Marques, Andrea Wuo

Resumo


Este artigo tem por objetivo analisar em que medida os termos utilizados nos documentos atuais modificam o conhecimento e a compreensão dos estudantes da educação básica. De forma mais específica, buscou identificar o conhecimento que os estudantes têm acerca dos termos autismo e transtorno do espectro autista; perceber se há maior relação com os termos em turmas em que há estudantes com este diagnóstico e identificar os lugares em que os estudantes têm mais acesso às informações sobre o transtorno em destaque. A fim de analisar em que medida a nomenclatura dos termos modificam o conhecimento e a compreensão dos estudantes da educação básica, estruturou-se uma metodologia pautada em um questionário. Este foi aplicado a 138 estudantes da educação básica em duas escolas públicas de um município do norte catarinense, sendo: 77 estudantes do ensino fundamental (31 estudantes de duas turmas do 5º ano e 46 estudantes de duas turmas do 8º ano) e 61 estudantes do ensino médio (duas turmas do 1º ano), selecionadas pelo critério de haver estudante com TEA em uma das turmas. Os resultados expressam a necessidade de discussão a respeito do tema em sala de aula, nas mídias e na sociedade de forma a atingir a todos os estudantes, independente se na turma há estudantes com TEA. A escola, vista como maior divulgador de informação, precisa valorizar a diversidade e promover a inclusão. O contato com a diversidade no ambiente escolar favorece o desenvolvimento de todos os estudantes, reforçando a importância da inclusão no ensino comum. Diante disso, parte-se da premissa de que não há movimento de inclusão se não houver conhecimento e sensibilidade dos envolvidos no processo escolar.

Palavras-chave


Transtorno do Espectro Autista. Educação Básica.

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